Um desespero amarelo toma novamente
O ar de toneladas que presume o desastre
Um som estridente explode por todo lado
Um trem come o asfalto vindo descarrilado
Prestes a tombar no meio da cidade vazia
Prestes a sair no jornal e acabar com o dia
Deixara os trilhos que sempre o prenderam
Pra me atropelar nesse pastoso fim de tarde
O sol entra em meus olhos e abaixo o rosto
Quando o levanto então não vejo mais trem
Porém sinto o tremor da locomotiva no ladrilho
E percebo que sou eu: brutalmente descarrilo