Resolveram que era aquilo. Estava doente.
Então, lhe
enfiaram uma colher de remédio
amargo e quente por entre os dentes. E logo
lhe
cobraram melhoras que não pôde dar, pois
sentir-se bem e normal, segundo eles, era
efeito colateral. Os sintomas pioraram, e uma
ambulância veio berrando pela
contramão.
Caso urgente de internação, nele havia além
do nervo óptico. E os diplomas
na parede e os
consultórios, todos de terno então, chegaram
ao diagnóstico. Era irrefutável, disseram cadeiras
de couro e cachimbos, que concordaram todos
sem engano: um caso irremediável de ser humano.