Quero viver
Numa casa tranquila
Entre cortinas âmbar
E visitas no chão

Quero viver
Num lugar pequeno o tão
Que me expulse pra rua
Ora de supetão

Quero viver
Num desses dias brandos
Em que o sol entra pela janela
E esquenta o colchão

Quero poder
Tomar uma cerveja à tarde
E queimar os lábios na tua nuca
Antes que o disco acabe

E na manhã seguinte
Deixar que a imaginação
Esfrie o café quente
E traga o pão