deitou desejando
desesperadamente descanso
daquela dor demente. desabafou:
deixem-me, desejo dormir
deixem-me, desejo delirar
deixem-me, descansar desta
deitem-se,
desistam disso
deixem-me, doente desistir
destilem duas dessas doses dentro
dessa demente doença, tão densa
e definharei dopada
estou em estado de estopim. espero essa
explosão, e encerro enfim essa enfadada
e escrotal
existência
espero, então, entes espantados
encontrarem-se, enterrarem-me
e encerro,
eloquente,
essa espera exaustiva, esse encurralado
encontro, que evitam, evasivos, encarar
assisti
assombrado
àquela afirmação.
antes assim,
aberta, afinal.
afrontava aquilo.
aquela abrupta,
assustadora apatia,
articulada assepsia,
andava apertada
ao amor. aceitava.
aquilo ali, acabaria ali
doze dias depois disso,
descansava demoradamente da
dor. deitada na dada decomposição,
o destino dela. deuses deram
o desejo dela: doce descanso.
deliciosa data, definitivos dias,
deste denso e desenfreado
destino. ela demorou-se
diante dos deuses, desencarnou dessa
demência, e deitou definitivamente
dentro de deliciosa dádiva