Foram dias tão humanos
Sem planos, sem horas
Senhoras nas janelas
Panelas no fogo brando
Jovens em pé conversando
Versando ideias, procurando
Entender um pouco tudo
Dias de cor e céu transparente
Quando nada é nada e só
Alguma coisa é isso mesmo
E fica tudo tão
claro, que paro
E sinto coisas mais simples
São nesses dias tão humanos
De noites quentes, pouco sono,
Colchões e roupas no chão,
Janelas abertas, latidos ao longe
Que ficamos tão perto de ser
Sem querer, nós mesmos